
“Deixai-vos reconciliar com Deus!” (II Cor 5,20)
O Sacramento
Na Confissão, reconciliamo-nos com Deus e damos um enorme passo para a conversão. É um ato de grande amor quando, com humildade, entregamo-nos como pecadores à graça do perdão. “Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações” (CIC II 1422, LG 11).
Explica o Papa Francisco: “O perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar a nós mesmos. Não posso dizer: perdoo os meus pecados. O perdão é pedido, é pedido a outra pessoa; e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, um dom do Espírito Santo […]” (Audiência Geral, 19/02/2014).
Cristo confiou o exercício do poder de absolver os pecados ao Ministério Apostólico, segundo nos ensina o Evangelho de São João: “Jesus soprou sobre eles dizendo-lhes: recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem não serão perdoados” (Jo 20,22-23).
Quem busca o sacramento da reconciliação deve, antes de tudo:
Antes de confessar-se, guarde um instante de recolhimento. Reflita sobre sua vida, sem se preocupar com o tempo. “Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrepende do que por 99 justos que não precisam se arrepender” (Lc 15,7).
Senhor, iluminai-me para que eu possa me ver tal como Vós me vedes e dai-me a graça de me arrepender verdadeira e efetivamente de meus pecados. Ó, Virgem Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão. Amém.
Que lugar ocupa Deus em minha vida? Amo verdadeiramente Deus com todo meu coração ou vivo apenas preocupado com as coisas materiais? Procuro cultivar minha fé e minha formação cristã? Rezo todos os dias e procuro que meus familiares também rezem? Participo habitualmente da missa aos domingos e dias santos? Respeito os bens alheios? Recusei-me, sem razão, a dar ou a emprestar? Consagro a Deus meu trabalho, estudo e doença? Nas dificuldades, recorro a Deus, com fé e perseverança, ou consulto benzedeiras, centros espíritas, seitas e outras coisas que não condizem com minha fé? Colaboro com as atividades apostólicas e sociais da Igreja ou vivo completamente à margem?
Reparto meus bens com os que são mais pobres do que eu ou sou avarento e egoísta, querendo somente o melhor para mim? Dedico parte de meu tempo aos doentes e marginalizados? Quando depende de mim, defendo os oprimidos? Sou honesto no emprego e sério no trabalho e nos negócios? Apodero-me do que não é meu? Prejudico e engano os outros? Faço juízos temerários, critico, rogo pragas e alimento ódio contra alguém? Como vão minhas amizades? Como filho… sou obediente e respeitador dos meus pais? Ajudo-os nas necessidades espirituais e materiais? Dou-me bem com meus irmãos? Como pai ou mãe… sou solícito na educação e na formação cristã de meus filhos? Sou demasiado exigente e intolerante para com suas faltas, originando conflitos desnecessários? Como marido ou esposa… sou fiel e amo com todo o meu coração? Observo a lei moral e cristã? Aceito como dom de Deus os filhos ou tento eliminá-los, provocando aborto? Aconselhei ou colaborei para que alguém fizesse aborto?
Que imagem tenho de mim mesmo? Procuro viver na presença de Deus ou vivo como se Deus não existisse? Recorro ao Sacramento da Confissão quando tenho necessidade? Comungo com frequência? Suporto com paciência e espírito de fé as contrariedades da vida? Durante a semana, em quais momentos fico mais perturbado ou perco o controle? Durante a condução de veículos, respeito as regras de trânsito? Uso todas as cautelas para não pôr em risco minha própria vida e a dos outros? Abuso da comida ou da bebida? Provoco escândalo com minhas conversas, atitudes e maneiras de vestir? Deleito-me a ver filmes, sites, revistas pornográficas, programas de TV ou fotografias imorais? Como está minha vida emocional? Ela tem equilíbrio? Entreguei meu temperamento, meu caráter e minhas emoções a Deus? O que em mim precisa mais de cura?
1º. Amar a Deus sobre todas as coisas
2º. Não tomar seu santo nome em vão
3º. Guardar domingos e festas de guarda
4º. Honrar pai e mãe
5º. Não matar
6º. Não pecar contra a castidade
7º. Não roubar
8º. Não levantar falso testemunho
9º. Não desejar a mulher do próximo
10º. Não cobiçar as coisas alheias
1º. Participar da missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho.
2º. Confessar-se ao menos uma vez por ano.
3º. Receber o Sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4º. Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja.
5º. Ajudar a Igreja em suas necessidades.
Após um bom exame de consciência, é o momento de se apresentar ao Sacerdote e, com muita naturalidade, confessar os pecados. É preciso ser claro e objetivo, sem justificações. Ao final, você receberá a absolvição. Mas, perdoado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a plena saúde espiritual. O exercício penitencial que o Sacerdote sugerir não é dado só para expiação dos pecados cometidos e para reparar eventuais danos causados, mas também como ajuda para iniciar uma vida nova e favorecer a plena reparação da enfermidade do pecado.
Essa reparação é a expressão de uma revisão autêntica da vida, na qual o penitente procura suportar e reparar os efeitos maléficos de suas ações ou omissões, no seguimento de Cristo e em solidariedade com seus irmãos, sobretudo com aqueles diretamente atingidos por seus pecados, pois a absolvição apaga o pecado, mas não corrige todas as desordens que ele causou. Saia da Confissão disposto a fazer todo o possível para reparar o mal causado.
Ato de contrição: Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração por Vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo, com a Vossa graça, nunca mais pecar. Meu Jesus, misericórdia!
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Senhor, sois misericordioso para com os que Vos procuram. Como é grande o Vosso amor e a Vossa bondade! Agora posso contar-me de novo entre os Vossos filhos! Não permitais, Pai de misericórdia, que eu me esqueça dessa grande graça. Proponho-me firmemente a evitar o pecado, para nunca mais perder a Vossa graça. Abençoai, Senhor, este meu propósito e fortalecei-me! Amém.
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Ó bondade, ó misericórdia infinita do meu Deus! Graças Vos rendo por haverdes perdoado os meus pecados, e de novo os detesto de todo o meu coração. Concedei-me a graça, meu Salvador, pela virtude do Sacramento da Confissão que acabo de receber, de não recair nesses pecados e de levar de hoje em diante uma vida toda nova, sempre assistido por Vossa graça e perseverando em Vosso amor até a hora da minha morte. Amém.
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